[CBBR 2018] A contribuição do biodiesel para o Brasil

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Os últimos anos não foram dos mais brilhantes para a economia brasileira. Com o B15 e o RenovaBio a caminho, o biodiesel está para iniciar um novo ciclo sustentado de investimentos que poderá dar uma contribuição positiva para tirar o país da pasmaceira. Tentar mensurar o tamanho desse impacto será a missão da palestra do presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Carlos Battistella.

 

“É um tema bastante complexo”, admite o palestrante que diz ainda estar trabalhando nos números de sua apresentação que deverá tomar de empréstimo os recentes resultados obtidos no recentemente publicado Relatório de Sustentabilidade da BSBios – empresa fundada e comandada por ele – como uma linha de guia. “Em nosso relatório usados metodologias internacionalmente aceitas para medir o impacto econômico nas cidades de Passo Fundo e Marialva. Vamos usar nosso caso e extrapolar os resultados”, diz.

 

 

A ideia, no entanto, não é só olhar pelo retrovisor e ver tudo o que o setor de biodiesel já fez em termos de geração de riqueza e de empregos país afora, mas, sobretudo, tentar mirar o futuro. Isso num momento em que as usinas já começam a se movimentar em antecipação a proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) de oficializar ainda este ano um cronograma de novos aumentos da mistura obrigatória que pode levar o país ao B15 nos próximos cinco anos.

 

 

“O setor vai demandar novos investimentos para chegar ao B15 e, talvez, até mais”, diz esperançoso de que novos aumentos da mistura venham a ser aprovados no futuro. “Quem sabe chegaremos a B30 antes de 2030”, prossegue acrescentando que também são grandes as expectativas sobre os possíveis estímulos gerados pelo RenovaBio.

 

 

Esmagamento

 

 

O setor de biodiesel ajudaria a puxar a competitividade em outros segmentos estratégicos para a economia brasileira. É o caso da indústria de esmagamento de soja. Nesse caso, no entanto, seria preciso uma política melhor coordenada.

 

 

“O novo governo brasileiro precisa ter uma estratégia de longo prazo para melhorar a competitividade do segmento de processamento de soja”, afirma e aponta que o país vem exportando parcelas cada vez maiores de soja em in natura e perdendo oportunidades de agregar mais valor a um de seus principais produtos agrícolas.

 

 

Erasmo Carlos Battistella apresentará a palestra “A capacidade do setor de biodiesel em contribuir com o crescimento do Brasil” marcada para o dia 05 de novembro.

 

 

Fonte: BiodieselBR