O ano de 2018 para o setor de biodiesel

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Este foi um ano bastante intenso, tanto para o setor de biodiesel quanto para o Brasil como um todo. Com a economia se recuperando e tentando reencontrar seu caminho, depois de uma de suas piores crises, vivemos uma greve de caminhoneiros histórica que paralisou o país e quase todas as usinas durante duas semanas e, quase em seguida, passamos por um período eleitoral que resultou na eleição de Jair Bolsonaro e em uma das maiores renovações do legislativo desde a redemocratização.

 

 

 

 

Apesar de todos os sobressaltos, o setor de biodiesel foi colecionando vitórias. A primeira delas veio em março, quando tivemos a oficialização do B10 como mistura obrigatória. Esse foi o tiro inicial de uma corrida que levou as usinas a passarem, pela primeira vez na história, da marca de meio bilhão de litros fabricados num único mês e garantir que o recorde anual de produção fosse batido com dois meses de antecipação.

 

 

 

 

 

Também foi interessante acompanhar a evolução do RenovaBio ao longo do ano. A Política Nacional de Biocombustíveis que ao ser aprovado perto da virada de 2018, era pouco mais que um esqueleto de uma boa ideia e foi ganhando musculatura.

 

 

 

 

 

Em março, foi assinado o decreto que criou a estrutura de governança responsável por regulamentar o novo programa. Em junho, o CNPE fixou em 10,1% a meta de descarbonização que precisará ser atingida pelas distribuidoras. Por fim, pouco menos de um mês atrás, a Agência Nacional de Petróleo e Bicombustíveis (ANP) publicou as regras que os fabricantes terão que seguir, se quiserem certificar seus produtos para participarem desse novo mercado. Só para o setor de biodiesel, o RenovaBio poderá render até R$ 1,2 bilhão.

 

 

 

 

 

Esses dois fatos já fariam de 2018 um ano memorável para a indústria. No entanto, em outubro, o setor ainda conquistaria sua maior vitória do ano, com a aprovação de um novo cronograma de aumentos da mistura obrigatória que deverá nos levar ao B15 dentro dos próximos cinco anos.

 

 

 

 

 

Se tudo ocorrer como planejado, a expectativa é que a produção brasileira de biodiesel praticamente dobre, chegando a 10 bilhões de litros em 2023. Ao que indica, o setor de biodiesel tem um futuro e tanto pela frente.

 

 

 

 

 

Fonte: Biodieselbr